Inicialmente, permita-me colocar que dentro da Doutrina Espírita não existe nada instituído com relação ao carnaval. Façamos, apenas, alguma reflexão:
Entendo que todo excesso, seja em que área for, é sempre nocivo. Da mesma forma, a alegria pode ser sadia quando se brinca com espírito familiar, descontraidamente, sem ensejar queda de padrões comportamentais e éticos. Nada temos contra o carnaval em si, se você encontrar um grupo (familiar ou não) em que pessoas se reúnem para brincar e dançar dentro da mais pura intenção da brincadeira saudável.
Já opinei a respeito da participação de um amigo e parente quando o mesmo me indagou acerca da seguinte situação: “organizamos, com meus oito cunhados, oito concunhados, 25 sobrinhos, sogros, todos eles espíritas, trabalhadores da Doutrina, um carnaval familiar na casa de praia dos sogros”.
De fato, organizaram um festejo familiar no dia de carnaval. Fantasiaram-se, houve confete e serpentina. As crianças e adultos brincaram toda a manhã e à tarde. Não houve bebida alcoólica, e tudo transcorreu em ambiente de muito amor fraternal, com música de carnaval, etc. Questionado a respeito considerei absolutamente válido dentro desses parâmetros. Nada, portanto, contra o carnaval. Tudo contra, porém, ao que se vê por aí !!!
Difícil se encontrar um local carnavalesco onde o respeito ao próximo seja a tônica durante esses dias. Costumam ocorrer desregramentos decorrentes de excessos alcoólicos. Há prefeituras (pasmem!) que distribuem preservativos masculinos (camisinhas) em diversos locais com a intenção de evitar AIDS = SIDA em Portugal. A ideia seria evitar a doença, mas estão se esquecendo que, ao distribuir a camisinha está se admitindo (incentivando?) o livre e irresponsável relacionamento sexual. Há confusão entre alegria e promiscuidade, há confusão entre posturas de liberdade e libertinagem…
Nos dias de carnaval costumo sair com a família, viajar, descansar, ler, visitar amigos, fazer programas no campo, ou atividades outras de natureza cultural, espiritual ou algo que seja útil ao meu espírito e corpo. Este ano irei palestrar e assistir a um Congresso Espírita em Goiânia, por exemplo…
Lembro, ainda, que existem os folguedos de momo também na esfera extrafísica. Muitos Espíritos se reúnem e se divertem com os encarnados estimulando-os a determinadas atitudes.
Há vampirização de energia vital em grande quantidade, conforme a psicosfera do ambiente. Os médiuns (paranormais) são mais suscetíveis a essas influências, que, no entanto, podem ocorrer com todos nós. Não somos contra nada. Somos a favor do equilíbrio, da paz, da harmonia, junto com a alegria. Infelizmente, faz muitos anos que não vejo ambiente que me permita ir ao Carnaval. Melhor aproveitar os dias para algo mais seguro, mais saudável, e espiritualmente mais construtivo.
Um abraço.
Ricardo Di Bernardi
ÓTIMO ESCLARECIMENTO SOBRE A QUESTÃO, INSTRUTIVO, MUITO BOM !