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A estagnação espiritual pela valorização excessiva da matéria

Como ser íntegro, calmo, equilibrado nos dias atuais?

Existem muitas “distrações” nos tirando do caminho no qual deveríamos trilhar.

Joanna de Ângelis, mentora de Divaldo Franco, se refere às distrações como tudo que nos tira a atenção do que é essencial ao aprimoramento espiritual, como o foco exagerado na matéria, desvirtuando-nos para os excessos em geral, vícios, comportamentos e atitudes deletérias, entre outras mazelas.

A matéria exerce magnetismo e apelo muito fortes às nossas tendências pouco aprimoradas, instigando-nos a nos entregarmos às ambições e sensações meramente materiais, nos distraindo dos nossos compromissos reencarnatórios. E isso é tão forte em nosso atual estágio evolutivo que nos impede, assim como uma venda nos tampando os olhos, de enxergar o sentido real do porquê estarmos aqui, ou seja, vemos ao nosso redor, mas não com os olhos do espírito e sim, com os olhos da matéria.

Estamos com a vista tampada, no melhor dos casos, embaçada, e seguimos entorpecidos por tantas distrações.

A distração aqui mencionada, refere-se a tudo aquilo que possa ser considerado vazio em termos de aprimoramento espiritual ou que intuitivamente sabemos que não nos fará bem, seja mental, física ou espiritualmente. Exemplos emblemáticos de distrações são o dinheiro, o status e o poder, eles seduzem e fascinam, quanto mais se tem, mais torna-se perigoso de se iludir com as facilidades que eles proporcionam e, na mesma proporção também, de se esquecer do que é essencial na vida, que é o amor ao próximo, a caridade, a fraternidade, assim, facilmente nos ‘distraímos’ com as posses adquiridas, com o status e o poder alcançados, normalmente querendo mais e mais e abafando mais e mais a nossa essência divina. Esses seriam alguns dos exemplos mais representativos do papel que a distração exerce em nossas vidas, porém, temos que ter em mente que não há condenação na conquista da matéria, pois ela é um meio para a vida, contudo, não deve ser confundida como um fim em si mesma, ela, como meio que é, carece de elementos para sustentar anseios mais sutis que estão latentes em cada ser.

Paremos então para refletir se realmente é necessária determinada ação ou comportamento e, principalmente, analisar o que está nos impelindo a seguir por este ou aquele caminho, qual nossa real motivação ou inclinação.

O exercício dessa análise é muito enriquecedora, na medida em que nos tira momentaneamente do agito do mundo exterior e nos volta para a nossa essência, o nosso eu interior e, por conseguinte, passamos a nos conhecermos melhor.

A partir do momento que nos conhecermos melhor, saberemos nossas tendências e, com isso, nos tornaremos um pouco mais preparados para lidar com as ‘distrações’, sabendo que, quando nos depararmos com elas, conseguiremos identificá-las com mais facilidade e procuraremos analisá-las, dosá-las ou evitá-las, conforme a situação.

O autoconhecimento e identificação das nossas fraquezas espirituais são essenciais para dar passos certos em direção ascendente na caminhada evolutiva. Porém, como toda grande caminhada, que começa com um primeiro passo, os próximos precisam ser dados. E afinal, quais seriam esses próximos passos? Como fazer para cortar o círculo vicioso de atitudes fixadas de tal forma que são executadas de maneira automática? A fórmula adequada para mudarmos atitudes não reside apenas em evitá-las, e sim, em criar hábitos “opostos” àqueles que nos prejudicam. Com relação, por exemplo, ao dinheiro, se entendermos que ele está nos prendendo de forma corrosiva, seja porque sobre ou porque falte, procuremos atividades voluntárias as quais nos indicarão o caminho do desprendimento. Essas ações “opostas” àquelas que nos afastam dos nossos objetivos espirituais, movimentam energias benéficas que auxiliarão a preencher de realizações as nossas energias espirituais.

Esse processo, aos poucos, ocorrerá naturalmente, pois sentiremos a sensação do vazio que nos propõe a matéria pela matéria e, aos poucos, iremos buscar algo que nos preencherá esse vazio, algo intangível, que se sente no auxílio ao próximo, na fraternidade e no enriquecimento espiritual, nos tornando pessoas moralmente mais evoluídas, quando as distrações próprias da matéria já não exercerão sobre nós a mesma fascinação de antes.

Fernanda Nucci

 

 

One thought on “A estagnação espiritual pela valorização excessiva da matéria”

  1. Bom dia Sandra!
    Ficamos imensamente felizes que o texto pôde, de alguma maneira, contribuir. Espero que você tenha encontrado um Centro que se afinize e que te traga o auto conhecimento necessário para te fortalecer.
    Abraços fraternos!
    Fernanda

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