Assunto que incomoda muitas pessoas, a velhice é inevitável. O corpo é um ‘veículo’ transitório que o espírito necessita para cumprir seu papel na evolução constante e, é necessário que envelheça e pereça ao final da jornada.
O envelhecimento do corpo traz lições valorosas embutidas, tais como, que tudo é perecível na natureza e que tudo está em movimento, se reciclando e se renovando e, ao mesmo tempo, nos alerta para observarmos que o apego exagerado às coisas materiais e a supervalorização da jovialidade do corpo é antinatural e um desperdício de energia canalizada em vão, pois, o envelhecer é um processo inexorável.
A maior parte de nós, estamos correndo em círculos ao buscar manter o perecível, enquanto deveríamos buscar ajudarmos uns aos outros e acumularmos tesouros de amor e luzes para nosso espírito, esse sim eterno e indestrutível, digno de toda acumulação benéfica.
Na visão do Espiritismo, a velhice é uma fase rica em aprendizados os quais, se aproveitados com entendimento, sem lamúrias ou reclamações, agregará ao espírito uma bagagem de experiências e vivências próprias dessa fase da vida corporal que serão parte importante de seu processo de evolução.
A Doutrina Espírita nos diz que o espírito não envelhece com o corpo e, que após esta, muitas outras encarnações virão, essa visão é alentadora para quem a assimila, pois o medo do nada e do aniquilamento geral se esvanece e, as doenças e mazelas próprias da degeneração biológica serão vivenciadas com entendimento, de maneira a propiciar melhores aprendizados de cada situação que a nós é imposta, por pior ou difícil que aparente ser, pois saberemos tratar-se de uma fase passageira que trará em seu bojo a evolução pessoal.
Então, vamos focar na felicidade, na aceitação de si próprio e o bem-estar pessoal, pois esses, não pressupõem a existência de uma beleza exterior ou uma pele lisa e sem rugas, sabemos que a felicidade depende principalmente do nosso estado de espírito, e o nosso bem-estar é determinado pela interpretação que damos aos eventos que norteiam a nossa existência, quando estamos bem, isso é refletido em todo o nosso ser.
Pouco vai adiantar a busca de apenas uma aparência mais jovem (ou menos velha) se interiormente, em relação a nós mesmos, nos encontrarmos vazios, nos deixando levar por modismos ou por um padrão de beleza e felicidade veiculado pela mídia. Cuidar do corpo é necessário, principalmente pela manutenção da saúde e bem estar, mas sem exageros ou neuroses, sendo que, para que os limites da utilização de métodos de cuidados não extrapolem o bom senso e a prudência, o embelezamento do nosso exterior deve refletir como realmente estamos interiormente.
A expressão – chave, neste caso, é mudança de hábitos. Em primeiro lugar, estão as mudanças dos hábitos alimentares, trocando a quantidade por qualidade. Em segundo lugar vamos trocar hábitos sedentários por práticas que nos levam ao movimento como: caminhadas, danças e natação, ginástica e Yoga. Em terceiro lugar, precisamos alimentar o cérebro (ou o espírito) procurando ler mais de preferência livros de qualidade, que nos tragam instrução e positividade, obras que nos acrescem algo como pessoa e, por fim, ouvir boa música também agregará saúde mental e alegria.
Sejamos positivos, caridosos para com o próximo, agradecidos e felizes e isso nos resplandecerá!
Fernanda Nucci
Muito bom..claro…e reconfortante ter a noção do que é eterno..e do que é perecível. .
Parabéns Fernanda. .!!
Obrigada Sandra.
Excelente!
Claro, conciso, sem exageros de qualquer espécie.
A autora reflete, com serenidade, o modo de pensar do ICEF.
Obrigada!
Muito bom! A velhice é mesmo um processo inexorável e não é fácil aceitar esta verdade e assimilar as transformações. Este texto é ótimo, recomendo a leitura com atenção e reler, porque muito pode ser apreendido para tornar o processo de envelhecer prazeroso e enriquecedor.
Obrigada Silvia!